RENDIÇÃO INCONDICIONAL dos resistentes Palestinos, dissimulada num falacioso “plano de paz”. É o que se pode deduzir do encontro entre o genocida Netanyahu e seu cúmplice maior, Trump, para decidir o futuro de Gaza.
“O primeiro-ministro disse em vídeo divulgado via Telegram que não concordou com a criação de um Estado palestino e que não irá retirar as Forças Armadas de Israel do enclave palestino — em uma aparente contradição a pontos divulgados pela Casa Branca”, é o que afirma a notícia do próprio Globo, um dos principais órgãos propagadores da marca de terrorista ao movimento de resistência organizada, Hamas, e claramente rendido ao lobby sionista.
A PROPOSTA de “acordo” é um acinte. A partir, principalmente, da indicação do próprio Trump, para a presidência de uma suposta Comissão internacional de controle da região, após o cessar-fogo. Seria o “imparcial” com posição conhecida em favor de Israel.
TRUMP, com o apoio e participação do sempre parceiro do imperialismo estadunidense em suas ações intervencionistas, Tony Blair, não hesita nas suas ameaças ao Hamas, única organização capaz de organizar alguma resistência ao exército sionista da Ocupação da Palestina. Mas opera sempre “devagar, devagarinho” diante da arrogância do chefe de Estado de Israel, criminoso de guerra condenado pelo Tribunal Penal Internacional.
NO CENÁRIO, como participantes de fundo palco dessa tragédia, países árabes dominados por cúpulas sabujas do imperialismo estadunidense e seus parceiros na União Europeia se apresentam para ajudar a implantação dos planos de Trump, cujo objetivo conhecido é transformar Gaza num espaço internacionalizado, entregue a uma pouco disfarçada especulação imobiliária na qual sua participação, como empresário, não seria pouca.
QUE OS ÓRGÃOS da mídia corporativa tenham um mínimo de decência, cobrindo o processo com objetividade, e não seguindo as determinações e informações emanadas de Washington.
PORQUE AQUI, como em todos os “acordos” anteriores, o certo é que, com os palestinos cumprindo sua parte, os sionistas não cumprirão a deles – como, aliás Netanyahu já deixa claro – e fica tudo por isso mesmo. Com Israel aumentando seus espaços de ocupação, juntamente com arsenal militar, e os palestinos vendo seus direitos estiolarem.
TODA SOLIDARIEDADE, e atenção, portanto, com a chegada da Flotilha Solidária ao mar territorial de Gaza. A ameaça de uma represália violenta de Israel está na pauta. Parlamentares, ativistas, solidários internacionalistas com o Povo Palestino, foram presos pelo governo sionista de Israel. Esses “reféns” capturados pelos sionistas têm que ser libertados imediatamente.
O GOVERNO BRASILEIRO fica sob pressão para o rompimento de relações com o governo criminoso de Netanyahu.
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Jornalista, ex-deputado, fundador e membro da Direção Nacional do PSOL.